sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Por que pobres são mais generosos, algumas pessoas traem mais que outras e os inteligentes dormem menos

Uma coisa interessante de se notar é como as universidades americanas (e algumas européias) gastam seu tempo e dinheiro com estudos que soam como piada da revista MAD, enquanto no Brasil, pesquisadores não conseguem verba nem para pesquisas que podem mudar o curso da humanidade. Lá fora, a ciência, por mais patética que possa ser, dá resultado e ajuda a entender as manias mais toscas do ser humano. Quer apostar? Veja abaixo o que foi descoberto em novembro:

I - Pessoas inteligentes dormem menos e as criativas se distraem mais
A primeira conclusão veio da London School of Economics and Political Science, onde Satoshi Kanazawa e seus colegas observaram diferenças significativas nas preferências de tempo de sono das pessoas, de acordo com seu QI. Aqueles com alto QI são mais "corujas", enquanto os de QI mais baixo preferem atividades diurnas. De acordo com Kanazawa, os ancestrais humanos eram tipicamente diurnos, e uma mudança para  atividades noturnas é uma "preferência evolutiva" do tipo normalmente encontrados em indivíduos mais inteligentes, o que demonstra "um elevado nível de complexidade cognitiva" nos praticantes. Entendeu? Se sim, pode se deitar tarde. E mais, um estudo da Universidade de Bolonha de 2008 mostrou que aqueles que dormem no começo da noite são menos confiáveis, menos estáveis emocionalmente e mais propensos à depressão. Ou isso, ou tem que acordar todos os dias às 6 da matina, não é mesmo?

Já Harvard e a Universidade de Toronto conduziram uma pesquisa em cima da chamada inibição latente, que é a capacidade de ignorar os estímulos que parecem irrelevantes, como por exemplo, conseguir continuar a estudar ou pesnar em algo mesmo com um baulho de zumbido de um ar-condicionado no fundo. Aqueles que conseguem tem alta inibição latente. Pois bem, o estudo mostrou que os estudantes testados e classificados como eminentes empreendedores criativos tem um índice de inibição latente sete vezes menor do que os outros. Pessoas com baixa inibição latente são literalmente incapazes de fechar a sua mente, querendo absorver tudo - para usar depois - e não querem focar em apenas um detalhe. Está explicado por que eu não aguento o latido do cachorro da vizinha.


2 - Pessoas comprometidas transam melhor, mas querer sexo casual pode estar nos genes

Para muitos a satisfação sexual está ligada ao número de orgasmos ou tempo passado na cama em cada transa, mas um estudo psicológico da Universidade do Texas mostrou que tem mais prazer aqueles que realmente querem transar e isso ocorre mais entre o casal que se ama ou que está em "um relacionamento sério" nas imortais palavras de Facebook. Os pesquisadores perguntaram para 544 estudantes universitários, homens e mulheres, predominantemente heterosexuais sobre suas motivações e satisfação sexual e viram que os homens que transavam apenas com o objetivo de aumentar sua autoestima tiveram menor satisfação, assim como aqueles que tiveram sexo para conseguir algo como um bem ou um favor. As mulheres apresentaram um maior número de associações e a conexão entre amor/compromisso e satisfação foi menos intensa para as mulheres que para os homens, embora ela ainda estava presente. As mulheres que tiveram relações sexuais para expressar algo ao seu parceiro, como agradecimento ou pedido de desculpas, também estavam satisfeitos. Tal como os homens, as mulheres que tiveram relações sexuais para adquirir uma autoestima ou aumento de recursos estavam menos satisfeitas. Ter relações sexuais para ter uma experiência nova e excitante também foi associado com uma menor satisfação. Os pesquisadores não sabem ao certo porque mais fatores influenciam a satisfação das mulheres do que homens. Pode ser que as mulheres desempenham o papel de "guadião sexual" em muitos relacionamentos e por isso suas motivações para o sexo são mais propensos a resultar em sexo real.

Já na Universidade de Birmingham estudiosos sugerem que a propensão a trair e ter relações casuais pode ser genética. Em um primeiro estudo, uma equipe de investigadores liderada por Justin Garcia, teve uma visão ampla do comportamento sexual, combinando escolhas com os genes e surgiu com uma nova teoria sobre o que desperta os seres humanos quando se trata de atividade sexual. O maior culpado parece ser o receptor da dopamina D4 polimorfismo, ou o gene DRD4. Já ligada à sensação de comportamento de busca como uso de álcool e apostas, DRD4 é conhecido por influenciar a química do cérebro e, posteriormente, o comportamento de um indivíduo."O que descobrimos foi que os indivíduos com uma determinada variação do gene DRD4 eram mais prováveis a ter uma história de sexo não compromissado, incluindo sexo casual e atos de infidelidade", disse Garcia. "A motivação parece resultar de um sistema de prazer e recompensa, que é onde a liberação de dopamina vem dentro. Nos casos de sexo não autorizadas, a variável motivação, os  altos riscos e as recompensas substanciais são todos elementos que garantem que a dopamina dispare. "O estudo não deixa transgressores livres", disse o pesquisador. "Essas relações são associativas, o que significa que nem todo mundo com este genótipo terá sexo casual ou cometerá infidelidade a todo o momento. Na verdade, muitas pessoas sem este genótipo ainda tem o sexo de uma noite e traem. O estudo sugere que apenas uma proporção muito maior das pessoas com este tipo genético são propensos a se envolver em tais comportamentos. "


3 - Pobres são mais empáticos do que ricos e não foi o Lula que disse

O dinheiro não traz a felicidade ou habilidades sociais, pelo vsisto já que um novo estudo descobriu aqueles que são pobres são os melhores em empatia do que os ricos. Em testes laboratoriais, pessoas de nível socioeconômico alto (ou aquelas que se percebiam assim)  foram piores em julgar as emoções de outras pessoas do que aquelas de baixo nível socioeconômico, tanto quando se olha para fotografias e ou quando se interage com pessoas reais. A razão pode ser que pessoas com baixa renda ou baixo nível de educação tem que ser mais sensíveis aos outros para sobreviver, disse o estudo autor Michael Kraus, um pesquisador pós-doutorado em psicologia na Universidade da Califórnia em San Francisco. Um estudo anterior de Kraus, que deveria assessorar o pessoal do PT, mostrou que ricos são mais grosseiros qundo falam com estranhos e que os pobres dividem mais o que tem do que os ricos. "Ser empático é um dos primeiros passos para ajudar outras pessoas", disse Kraus. "Uma das primeiras coisas que nós estamos realmente interessados é o que pode tornar as pessoas ricas - aquelas com maior capacidade de dar - o que pode torná-los empáticas?"


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